Este post estava destinado para a disputa pelo terceiro lugar da Eurocopa, que seria neste ano entre alemães x galeses, contudo diferentemente das demais principais competições de seleções, como a Copa do Mundo, das Confederações, América e Africana de Nações, a Euro não possui a partida que define a medalha de bronze. E se não temos jogo, trarei este post explicando o porquê da competição europeia ser "a diferentona" neste quesito.
O motivo principal para UEFA não adotar esta partida é, ou pelo menos era, a falta de público. A última decisão de terceiro lugar foi em 1980, quando a Itália empatou com a extinta Tchecoslováquia em 1x1. Após o empate no tempo normal, o duelo foi para uma longa disputa de pênaltis, onde as duas equipes acertaram todas as oito primeiras cobranças, até que o italiano Fluvio Collovati desperdiçou sua penalidade, dando o bronze para os tchecos. O público não foi dos melhores, "apenas" 24 652. Parece pouco, mas é muito comparado aos outros confrontos que nem passaram de 10 000 pessoas.
A exceção desta regra foi 1968, na Itália, onde cerca de 68 817 pessoas estiveram presentes no Stadio Olimpico de Roma para assistir a partida entre Inglaterra 2x0 União Soviética. Este foi o único grande público presente numa decisão de terceiro lugar. Outro fator complementar à pouca presença dos torcedores é que no início da Euro, apenas quatro equipes disputavam esta fase, que é chamada de final, assim cada seleção tinha dois jogos. A partir de 1980, este número dobrou para oito tornando o torneio mais extenso. Este foi o último golpe para o fim do jogo da terceira posição.
Abaixo você confere como foram todas as disputas de terceiro lugar da Euro:
1960 França | Tchecoslováquia 2x0 França - 9 438
1964 Espanha | Hungria 3x1 Dinamarca (prorrogação) - 3 869
1968 Itália | Inglaterra 2x0 União Soviética - 68 817
1972 Bélgica | Bélgica 2x1 Hungria - 6 184
1976 Iugoslávia | Holanda 3x2 Iugoslávia (gol de ouro) - 6 766
1980 Itália | Tchecoslováquia 1(9)x(8)1 Itália - 24 652
Assim, semelhante à Liga dos Campeões e Libertadores, todas as atenções depois das semis se voltam para a final. A França busca a terceira conquista, para se igualar à Espanha e Alemanha como a maior vencedora, e conta com o apoio de sua torcida, enquanto os lusos depositam suas esperanças em CR7 para levar o primeiro caneco para casa, após 12 anos da grande zebra grega.
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