A série sobre os esportes olímpicos está chegando ao fim e hoje o destaque é para a vela.
A vela ou iatismo é um esporte onde os barcos se movem inpulsionadas pelo vento e o objetivo é completar o percurso num número de voltas específico em um tempo menor que os adversários. Estreou em Olimpíadas nos jogos de Paris 1900 e as competições são divididas em regatas em série onde os atletas acumulam pontos de acordo com sua colocação. Exemplo: o vencedor da regata soma um ponto, o segundo dois e assim por diante. A regata da medalha ou medal race reúne os dez melhores e a pontuação é duplicada e vence aquele que somar menos pontos.
O percurso de cada regata é montado quando dois barcos da organização ficam posicionados em posições paralelas formando uma linha imaginária onde a largada de cada regata é dada. Os trajetos são definidos em boias posicionadas na área de regata.
A previsão do tempo é um importante fator para definir um vencedor. As condições climáticas e de vento são determinantes na adaptação à navegação e aquele que se adaptar melhor vence a prova.
Classes:
Na Olimpíada são usadas as seguintes classes:
- Classes masculinas: Laser, 470, 49er, RS:X e Finn
Os barcos da classe Laser são cascos simples e embarcação de um tripulante. Tem comprimento de 4,23 m e peso de 59 kg, já os barcos da Finn possuem uma vela e tem comprimento de 4,5 m e 130 kg de peso. A prancha da RS:X tem 2,88 m de comprimento e peso de 30 kg. Nas embarcações com dois tripulantes o casco é simples e as velas são três com uma diferença: na classe 49er existem duas asas laterais. Os comprimentos dessas classes são: 470: 4,70 e peso de 120 kg e 49er com comprimento de 4,99 m e peso de 94 kg.
- Classes femininas: Laser Radial, 470, 49er FX e RS:X.
- Classe mista: Nacra 17. Classe que fará estreia nos jogos do Rio substituindo a classe Star. O seu catamarã tem casco duplo e três velas para uma embarcação de dois tripulantes. O seu comprimento é de 5,25 m e o peso é de 135 g.
O local de competições:
A Baía de Guanabara foi alvo de muitas críticas pois tanto o governo estadual quanto a prefeitura prometeram despoluir 80% do local, mas essa é uma promessa não cumprida que ficará pra depois dos Jogos Olímpicos. As reclamações dos atletas vão por conta do alto volume de lixo flutuante e esgoto despejado clandestinamente e o risco de atletas contraírem doenças devido à péssima qualidade da água, por isso há o temor por parte de todos sobre a condição do local. A Marina da Glória será a base das competições e passou por reformas estruturais.
O Brasil nos jogos:
O Brasil tem enorme tradição na vela olímpica e está no Top 10 do esporte com seis medalhas de ouro e 17 no total ficando atrás apenas do judô e do vôlei. Grande parte dessas conquistas é dividida entre dois grandes nomes do esporte: Torben Grael e Robert Scheidt que juntos somam dez medalhas além de serem bicampeões olímpicos. Torben não veleja mais, mas estará presente como coordenador técnico da equipe e sua filha Martine Grael fará a estreia da classe 49erFX ao lado de Kahena Kunze, pois a dupla é campeã mundial da classe e lidera o ranking. Scheidt que disputou as duas últimas Olimpíadas pela classe Star volta pra Laser onde foi rei e quer se despedir com mais uma medalha na conta. A equipe ainda tem Ricardo Winicki, o Bimba e Patrícia Freitas na RS:X, Jorge Zarif na Finn, Gabriel Borges e Marco Grael na 49er, Bruno Bethlem e Henrique Haddad na 470 e Samuel Albrecht na Nacra 17 ao lado de Isabel Swan, medalhista de bronze em Pequim. Outra medalhista de Pequim, Fernanda Oliveira estará competindo na 470 com Ana Barbachan e Fernanda Decnop representa o país na Laser Radial.
O astro:
Os brasileiros lembram muito bem dos duelos que teve na classe Laser com Robert Scheidt nas Olimpíadas de Atlanta e Sydney quando o brasileiro venceu o inglês na primeira com o inglês dando o troco numa regata disputada e polêmica quatro anos depois. Após Sydney Ben Aisnlie mudou de classe passando para a Finn onde é tricampeão olímpico da modalidade e tetracampeão olímpico seguidamente.
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