A Retrospectiva 2016 do FC Gols chega ao futebol no seu último capítulo. O ano que termina e teve grandes alegrias terminou da forma mais triste: um acidente trágico dizimou um time que vinha numa curva ascendente no cenário nacional e que agora terá de buscar forças para se reerguer.
Surge a Primeira Liga e o Flu é o primeiro campeão
No começo do ano um novo campeonato começou. A Primeira Liga contou com 12 clubes dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O torneio não foi reconhecido pela CBF. Participaram da primeira edição Atlético Mineiro, América Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Coritiba, Atlético Paranaense, Criciúma, Figueirense, Avaí, Grêmio e Internacional. A decisão foi entre Fluminense e Atlético Paranaense em jogo único em Juiz de Fora e o tricolor carioca se sagrou campeão com o gol do título marcado por Marcos Júnior. A segunda edição está marcada pra começar em 25 de janeiro e terá a presença de 16 clubes.
Os principais campeonatos estaduais disputados entre janeiro e maio tiveram os seguintes campeões:
- São Paulo: O Santos venceu seu bicampeonato ao vencer o surpreendente Audax dirigido por Fernando Diniz e que revelou jogadores como Luiz Paulo e Tchê Tchê que seria campeão brasileiro com o Palmeiras;
- Brasília: O campeão foi o Luziânia que venceu o Ceilândia e conquistou seu segundo título em três anos;
- Ceará: O campeão foi o Fortaleza que venceu seu segundo título consecutivo.
- Rio Grande do Sul: O Internacional levou o hexa estadual ao vencer o Juventude na decisão.
- Santa Catarina: A campeã foi a Chapecoense;
- Goiás: O campeão foi o Goiás;
- Paraná: O campeão foi o Atlético Paranaense que venceu o Coritiba.
- Minas Gerais: O campeão foi o América Mineiro que venceu na decisão o Atlético Mineiro;
- Rio de Janeiro: O Vasco foi campeão invicto derrotando o Botafogo na decisão;
- Bahia: O campeão foi o Vitória que na final venceu o Bahia;
- Pernambuco: O título foi do Santa Cruz que havia vencido a Copa do Nordeste.
Wendell Lira, da Glória ao Ostrascismo
Um golaço de bicicleta quando jogava no modesto Goianésia em março do ano passado rendeu à Wendell Lira o Prêmio Puskas de gol mais lindo do ano de 2015. Naquele 11 de janeiro de 2016 ele emocionou o país na festa da Bola de Ouro da FIFA. Só que o futebol que lhe deu a glória foi ingrato com ele. Wendell foi jogar no Vila Nova, mas se desiludiu, jogou pouco e decidiu encerrar a carreira aos 27 anos e virar jogador de videogame profissional.
Leicester é a grande zebra em ano dominante do Real
A maior zebra do ano no futebol internacional veio da Inglaterra. O modesto Leicester surpreendeu o mundo e se tornou campeão da milionária Premier League. O time dirigido pelo italiano Cláudio Ranieri e comandado em campo pelo artilheiro Jamie Vardy desbancou a concorrência e levou o troféu, mas pelo jeito foi apenas um sonho de verão pois na atual temporada o time está na 14ª colocação, só que na Champions League o time fez uma brilhante campanha na fase de grupos e já está nas oitavas de final.
Outros campeões na Europa
- Bayern de Munique campeão na Bundesliga
- Barcelona campeão na La Liga espanhola
- Paris Saint Germain campeão na Ligué 1 francesa
- Juventus campeã na Serie A TIM italiana
Na Champions League o Real Madrid conquistou seu 11º troféu na competição em jogo sofrido e tenso contra o Atlético de Madrid. O jogo terminou 1 x 1 nos 90 minutos, empatou nos 30 do tempo extra e na decisão por pênaltis Juanfran perdeu sua cobrança e Cristiano Ronaldo decidiu o jogo e o título para os merengues.
Rei do Mundo, cinco vezes Real Madrid
E pra fechar o ano com tudo CR7 levou o Real ao quinto título do Mundial de Clubes se tornando o maior campeão da história. A FIFA tentou inovar com o árbitro eletrônico, mas a inovação rendeu polêmicas nas semifinais, primeiro com um pênalti inexistente no jogo entre Kashima e Nacional e no jogo entre Real Madrid e América do México as câmeras detectaram um impedimento inexistente de CR7. A final entre o Real e o surpreendente Kashima que tirou o sonho do Nacional foi empolgante e sufocante pro time espanhol que chegou a estar perdendo de 2 x 1, mas CR7 decidiu e fez três gols que deram o título aos merengues.
Futebol europeu fala português
A Europa fala português. Pela primeira vez na história Portugal conquistou um título inédito vencendo a Eurocopa diante da seleção da França. O título português teve Cristiano Ronaldo pouco decisivo. Na final contra a França CR7 ficou pouco tempo em campo e teve de sair machucado. Coube ao reserva Éder decidir a situação e com um belo chute de fora da área definiu o jogo para os portugueses calando o Stade de France lotado. Com o título Portugal vai estar na Copa das Confederações do próximo ano na Rússia junto da Alemanha, Chile, Nova Zelândia, México, Austrália, o campeão africano que será definido no começo do próximo ano e a Rússia, país sede.
Nos lados sul americanos o Chile foi o campeão da Copa América Centenário dos Estados Unidos. O time chileno venceu a Argentina nos pênaltis. Para o time argentino o jejum se arrasta há 23 anos sem ganhar um troféu importante. Lionel Messi chegou a se aposentar da seleção argentina, mas desistiu quando foi convocado por Edgardo Bauza.
Ano de altos e baixos para Neymar
Neymar teve um 2016 cheio de emoções dentro e fora dos gramados. Em campo participou da conquista do título espanhol pelo Barcelona, foi campeão olímpico e ajudou a seleção a ficar mais perto da Copa, por outro lado enfrentou um adversário bem mais complicado que um zagueiro adversário, o Fisco espanhol. Neymar foi acusado de fraude fiscal, mas felizmente escapou ileso depois da justiça solicitar pedido de prisão. Em ambos os processos acabou absolvido e a multa recaiu sobre o Barcelona.
Seleção renasce com Tite
A seleção brasileira passou por uma transformação em 2016. Trocou a incerteza pela evolução, trocou um fraco futebol por um jogo coletivo mais eficiente. A saída de Dunga e a chegada de Tite transformou a seleção que termina o ano de novo em alta, líder e próxima de classificação para a Copa de 2018.
Só que o começo do ano não foi nada legal com dois empates contra Paraguai e Uruguai que deixaram o time na sexta posição nas eliminatórias e naquele momento fora da Copa. Depois veio a Copa América Centenário onde caiu mesmo em um grupo considerado fácil com Equador, Haiti e Peru.
O empate na estreia com o Equador dava mostras de que a caminhada não seria fácil ainda mais depois que o juiz não viu um frango do goleiro Alison que as câmeras de TV flagraram a bola havia entrado, nem mesmo a goleada de 7 x 1 sobre o Haiti animou as coisas e veio então o jogo contra o Peru e a eliminação com um gol irregular de Ruidíaz com a mão. A arbitragem demorou oito minutos para confirmar o gol. A derrota foi fatal para a queda de Dunga e sem perder tempo a CBF convidou Tite para assumir a seleção.
E a mudança foi rápida e fulminante. O time embalou e venceu seis jogos seguidos nas Eliminatórias: 3 x 0 no Equador na altitude de Quito e estreia brilhante de Gabriel Jesus, 2 x 1 sobre a Colômbia, 5 x 0 sobre a Bolívia, 2 x 0 contra a Venezuela, um passeio em cima da Argentina no Mineirão, palco do 7 x 1 e a seleção termina o ano vencendo o Peru por 2 x 0 e passados dois terços das Eliminatórias o Brasil saltou da sexta posição pra liderança e com um pé na Rússia podendo garantir no começo de 2017 seu lugar na Copa.
Festa colombiana na Libertadores
O Atlético Nacional foi o grande vencedor da Libertadores de 2016. A equipe colombiana arrancou para o título na reta final com vitórias sobre o São Paulo na semifinal e na final contra o Independiente del Valle o título veio com uma vitória de 1 x 0. O Brasil teve cinco equipes na competição. O Palmeiras ficou na fase de grupos, o Corinthians foi eliminado em casa pelo Nacional do Uruguai depois de empate de 2 x 2, o Atlético Mineiro ficou pelo caminho ao perder para o São Paulo no duelo dos sobreviventes brasileiros. O Tricolor do Morumbi começou passando pelo César Vallejo do Peru, passou por um sufoco na fase de grupos e só parou na semifinal quando perdeu em casa pro Atlético Nacional e com o empate fora caiu, apesar disto fez o artilheiro do campeonato, o argentino Calleri com 9 gols.
Para 2017 a competição terá novidades: a disputa terá 44 equipes sendo que 16 terá de passar por dois mata matas para entrar na fase de grupos e a duração vai de fevereiro até novembro. Os times do México se retiraram para voltar em 2018.
Brasil fracassa no Mundial de Futsal conquistado pelos Hermanos
A seleção brasileira de futsal chegou à Colômbia favorita, mas fracassou na sua pior campanha da história. Conflitos internos, várias trocas de técnico, boicote de jogadores, campeonatos fracos e pouco planejamento minaram a equipe que mesmo assim deu show na primeira fase com vitória apertada sobre a Ucrânia e goleadas diante da Austrália e Moçambique. Nas oitavas a equipe brasileira enfrentou o Irã e chegaram a abrir 2 x 0, mas o time asiático reagiu e empatou o jogo por 4 x 4. Na prorrogação ninguém marcou e nos pênaltis o Irã venceu por 3 x 2. Esta foi a pior campanha na história da seleção heptacampeã mundial da modalidade. A campeã foi a Argentina que faturou seu primeiro título mundial ao bater a Rússia por 5 x 4.
Grêmio volta a comemorar um título nacional depois de 15 anos
Time copeiro e de tradição em torneios mata mata o Grêmio voltou a festejar um título nacional importante ao vencer pela quinta vez a Copa do Brasil vencendo a decisão contra o Atlético Mineiro. O Grêmio entrou na competição nas oitavas e eliminou o Atlético Paranaense, nas quartas despachou o Palmeiras, na semifinal eliminou o Cruzeiro e na decisão venceu o Galo no primeiro jogo no Mineirão por 3 x 1 e poderia perder por um gol no jogo da volta, mas o empate por 1 x 1 foi suficiente pra conquista do título. Para 2017 a competição sofrerá importantes mudanças com as duas fases iniciais em jogo único e os times que disputarão a próxima Libertadores entrando na quinta fase.
Os novos emergentes do futebol
Na Série D o campeão da temporada foi o Volta Redonda. O time da cidade do aço fez uma campanha irrepreensível e na final aplicou uma sonora goleada sobre o CSA de Alagoas por 4 x 0. Além do Voltaço e do CSA subiram pra Série C o Moto Club do Maranhão e o São Bento de Sorocaba. O Ceilândia chegou até as oitavas quando perdeu nos pênaltis para o Fluminense de Feira de Santana e o Luziânia não passou da primeira fase.
Na Série C o Boa Esporte foi o campeão da competição. Os mineiros que haviam sido rebaixados ano passado voltam para a Série B conquistaram o título com vitórias jogando como mandante. O Guarani de Campinas ficou com o vice campeonato voltando a jogar a Série B depois de quatro anos. Subiram ainda o ABC de Natal e o Juventude que calou a torcida do Fortaleza que mais uma vez vê o acesso escorrer pelas mãos ao ser eliminado nas quartas de final.
Torcida da Portuguesa amarga mais um rebaixamento nos últimos anos, agora pra Série D
A Portuguesa que viveu dias gloriosos no passado sofreu mais um duro golpe ao ser rebaixada para a Série D do próximo ano com uma campanha horrorosa com apenas quatro vitórias e 18 pontos somados. Pra piorar o estádio do Canindé foi colocado à venda, mas não houve comprador. Também caíram pra Série D o Guaratinguetá, o América de Natal e o River do Piauí.
Atlético-GO leva série B e Vasco passa sufoco, mas consegue subir
Um primeiro turno arrasador, um segundo turno horroroso, assim foi a trajetória do Vasco na Série B de 2016. O que parecia ser um acesso tranquilo terminou com um sufoco desnecessário. A campanha do Vasco no primeiro turno deu a nítida impressão de que o retorno era uma questão de tempo, só que no segundo turno a coisa complicou. O time caiu de rendimento, perdeu a gordura acumulada e foi ultrapassado pelo Atlético Goianiense na 28ª rodada. Na penúltima rodada bastava uma simples vitória diante do Criciúma para garantir o acesso, mas perdeu e a pressão aumentou para o jogo final contra o Ceará no Maracanã e a vitória veio de virada com dois gols de Thalles. No fim a torcida comemorou e protestou ao mesmo tempo esperando que o clube nunca mais volte a jogar a Série B.
O campeão da competição foi o Atlético Goianiense. O Dragão esteve quase todo o campeonato dentro do grupo de acesso e sem grandes estrelas conquistou seu maior título de importância nacional retornando à elite depois de quatro anos. O Avaí deu uma grande arrancada saindo do Z4 para conquistar o acesso um ano depois de cair e a última vaga foi do Bahia que volta depois de dois anos. Foram rebaixados o Joinville, o Tupi, o Bragantino e o Sampaio Correa.
Nove vezes Palmeiras, o melhor time do Brasileirão
Foram 22 anos de espera para voltar a soltar o grito de campeão. Durante esse período o Palmeiras passou por dias difíceis, foi duas vezes rebaixado no Brasileirão, ganhou três Copas do Brasil, construiu uma moderna arena e em 2016 colhe os frutos conquistando pela nona vez o campeonato brasileiro. Um título incontestável para uma equipe coesa e com grandes nomes de valor como o goleiro Jaílson que substituiu Fernando Prass e o meio campo com nomes de destaque como Tchê Tchê e Dudu.
Na frente os gols de Gabriel Jesus que deixou de ser uma promessa e está pronto pra brilhar ainda mais depois de ter um grande ano onde foi campeão brasileiro, campeão olímpico e logo de cara abocanhando uma vaga na seleção de Tite e no banco de reservas Cuca dirigiu com competência o elenco. O Palmeiras apresentou um estilo de jogo baseado na pressão e com jogadas agressivas e rapidez nas transições, liderou em 29 das 38 rodadas do campeonato e o título veio com uma rodada de antecedência ao vencer a Chapecoense por 1 x 0.
O Flamengo foi o concorrente direto na briga pelo título durante boa parte da competição. O time começou o campeonato em crise com a saída de Muricy Ramalho por problemas de saúde, Zé Ricardo assumiu o comando e com os bons resultados foi efetivado. A torcida começou a espalhar nas redes sociais memes exaltando o cheirinho de hepta e a chegada de Diego ajudou a reforçar a equipe que se mostrou bem compacta e organizada, mas na metade do segundo turno o cheirinho começou a se dissipar com derrota para o Internacional que vinha no desespero e empate com o Corinthians na reabertura do Maracanã.
No fim o time acabou ficando em terceiro lugar perdendo o vice para o Santos de Dorival Júnior. O Atlético Mineiro, o Botafogo numa sensacional arrancada sob o comando de Jair Ventura que tirou o time do Z4 pro G6 e o Atlético Paranaense se classificaram pelo G6, o antigo G4 deixando o Corinthians fora da Libertadores.
A queda do Gigante Colorado
Até o Brasileirão deste ano o Internacional fazia parte de um seleto clube de times que jamais foram rebaixados no campeonato, mas o time que já foi campeão mundial e bi da Libertadores acabou cometendo uma série de erros que foram fatais e pela primeira vez na história o Colorado acabou rebaixado à Série B do Brasileirão. O começo até que foi animador pois liderou na 5ª, 7ª e 8ª rodadas, a partir da nona o time entrou em parafuso com uma série incrível de 14 jogos sem vitória voltando a vencer apenas na 23ª rodada contra o Santos, depois na 26ª rodada entrou pela primeira vez na zona de rebaixamento de onde não saiu mais.
Na última rodada em 11 de dezembro o time precisava vencer o Fluminense pra não depender dos outros resultados, mas jogou mal e empatou o jogo por 1 x 1, muito pouco pra se salvar. O time teve quatro treinadores: começou com Argel Fucks que vinha bem até ser demitido depois de perder para o Santa Cruz, Falcão assumiu o posto, mas ficou apenas cinco jogos sendo demitido ao fim do primeiro turno, depois chegou Celso Roth e o time então se afundou até ser demitido depois do empate em pleno Beira Rio para a Ponte Preta e no desespero o time trouxe Lisca, mas nada adiantou. Era o ato final de uma tragédia anunciada.
Além do Inter caíram o Figueirense, o Santa Cruz que no início parecia dar pinta de surpreender com Grafite voando e liderar as três primeiras rodadas, mas não teve estrutura pra segurar o rojão e o América Mineiro que ficou 31 rodadas na lanterna do campeonato. Três jogadores dividiram a artilharia do campeonato: Diego Souza (Sport), Fred (Atlético Mineiro) e William Potker (Ponte Preta) com 14 gols cada. Gabriel Jesus foi eleito o melhor jogador do campeonato, Vitor Bueno escolhido a revelação e Cuca foi eleito o melhor técnico.
Do sonho ao pesadelo: Tragédia com avião da Chapecoense comove o planeta
A Chapecoense vinha numa ascensão meteórica, mas de pés no chão desde 2009 quando saiu da Série D e em sete anos estava firme na Série A. Com um elenco enxuto e estrutura de fazer inveja à muito time grande a equipe de Santa Catarina vinha em um momento especial quando iria disputar a final da Copa Sul Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. O sonho se transformou em pesadelo que deixou o mundo atônito. Na noite do dia 28, madrugada do dia 29 de novembro no Brasil o avião que transportava o time caiu nas montanhas de Cerro Gordo à 30 quilômetros de Medellín.
O avião pertencia à companhia aérea LaMia da Bolívia. A causa da queda foi falta de combustível. O avião viajou com pouco combustível e diálogos entre o piloto e a torre de controle mostraram desespero. O avião sumiu dos radares e caiu entre as árvores se desmanchando até parar e abrir um clarão. No voo estavam 77 pessoas incluindo a delegação da equipe, comissão técnica, dirigentes e 21 jornalistas. 71 pessoas morreram e seis sobreviveram. Dentre os sobreviventes estavam três jogadores: o lateral Alan Ruschel, o goleiro reserva Jackson Folmann e o zagueiro Neto, que foi salvo quando as equipes de buscas haviam encerrado o resgate. Folmann teve parte da perna direita amputada e passou por uma cirurgia corretiva na coluna.
O único jornalista que sobreviveu foi Rafael Henzel. Para o jornalismo esportivo esta foi a maior tragédia da história. Morreram no avião jornalistas de rádios de Chapecó, da TV Globo, RBS e Fox Sports. Dentre os jornalistas mortos estão o narrador Deva Pascovicci, o comentarista Mário Sérgio, os repórteres Victorino Chermont e Guilherme Marques e o comentarista Paulo Julio Clement. Dentre os jogadores morreram Cléber Santana que teve passagens por São Paulo ,Santos e Flamengo, o goleiro Danilo que havia sobrevivido, mas não resistiu aos ferimentos, justamente ele o herói da classificação à final com uma defesa milagrosa diante do San Lorenzo, time do Papa Francisco e Bruno Rangel, o maior artilheiro da história da Chape.
A solidariedade do mundo levou o clube a ficar entre os trending topics nas redes sociais através da hashtag #ForcaChape, jogadores se uniram ao povo de Chapecó, jogos tiveram um minuto de silêncio e no Brasil a última rodada do Brasileirão foi adiada para o fim de semana seguinte. No Jornal Nacional Galvão Bueno liderou um aplauso coletivo no encerramento do telejornal em memória às vítimas. O povo colombiano então tratou de fazer uma linda homenagem no estádio Atanasio Girardot e num gesto de solidariedade uniu torcedores pelo mundo.
Em Chapecó a Arena Condá virou local de reverência aos mortos. O Atlético Nacional num gesto solidário abdicou de disputar o título e dar o troféu à Chapecoense que dias depois a Conmebol ratificou. No dia 3 de dezembro debaixo de uma chuva torrencial Chapecó se despediu com emoção de seus heróis. O velório coletivo na Arena Condá comoveu todos. Na Colômbia os quatro sobreviventes voltaram com aplausos ao Brasil e agora mais que tudo a torcida é para que a Chape consiga se reerguer pois agora lá do céu eles vão olhar com carinho para o ressurgimento da equipe.
E no dia de Natal outra tragédia chocou o mundo do futebol. Em Uganda um time de futebol iria para um amistoso de barco quando a embarcação naufragou matando 30 pessoas. A tragédia foi no lago Alberto.
A retrospectiva do FC Gols termina aqui.
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