Retrospectiva 2016 - Nico é campeão e sai de cena, Pagenaud brilha na Indy, Jimmie Johnson vira lenda na NASCAR e Felipes dominam as categorias nacionais - FC Gols

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Retrospectiva 2016 - Nico é campeão e sai de cena, Pagenaud brilha na Indy, Jimmie Johnson vira lenda na NASCAR e Felipes dominam as categorias nacionais

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A Retrospectiva 2016 do FC Gols começa e como sempre começamos com cheiro de gasolina com os destaques do automobilismo num ano em que a crise chegou e ameaça a participação do Brasil na principal categoria.

Fórmula 1: Nico se aposenta com título e Massa e Button se despedem

Em mais um ano de domínio dos carros prateados 2016 foi o ano de Nico Rosberg. O alemão enfim se tornou campeão mundial de Fórmula 1 repetindo o feito de seu pai Keke que foi campeão em 1982 e depois decidiu se aposentar aos 31 anos de idade. Nico começou o ano arrasador vencendo as quatro primeiras corridas: Austrália, Bahrein, China e Rússia. Hamilton reagiu e venceu em Mônaco e no Canadá, Nico venceu na estreia da pista de rua de Baku, mas depois só deu Hamilton nas quatro corridas de julho. Na Áustria a vitória veio depois de uma disputa ferrenha na última volta da prova, depois vieram as vitórias em casa, na Hungria e na casa de Nico. Só que depois das férias Nico virou o jogo e venceu três seguidas: Bélgica, Itália e Cingapura. Na Malásia Hamilton liderava quando quebrou o motor e Nico ainda conseguiu um importante terceiro lugar. Venceu no Japão e foi pontuando mesmo com vitórias seguidas de Hamilton nos EUA, México, Brasil e em Abu Dhabi e o segundo lugar nessa prova foi mais que suficiente pro título.


A sensação da temporada foi o holandês Max Verstappen que fez corridas arrojadas. Ele começou o ano na Toro Rosso, mas trocou de lugar com o russo Danii Kyvat na Red Bull e logo na primeira prova na nova equipe veio a vitória graças ao toque que tirou os dois pilotos da Mercedes na primeira volta do GP da Espanha. No Brasil fez um show na pista molhada com ultrapassagens arriscadas e arrojadas levando o público ao delírio em Interlagos.


A temporada de 2016 foi a temporada do adeus de dois pilotos gigantes: Felipe Massa e Jenson Button. O inglês da McLaren será substituído por Stoffel Vandorme. Massa por sua vez não teve uma boa temporada pois a Williams caiu de rendimento e terminou o campeonato dos construtores atrás da Force India. Isso levou Massa a decidir pela aposentadoria na semana do GP da Itália. No GP do Brasil ele bateu na subida dos boxes e assim que saiu do carro recebeu o carinho da torcida e de todos os mecânicos de todas as equipes recebendo o abraço da família. No adeus em Abu Dhabi mais carinho dos pilotos. Na carreira foram 250 Grandes Prêmios com 11 vitórias e 16 poles, mas pode haver uma reviravolta caso Valtteri Bottas assumir a vaga de Rosberg na Mercedes. Esta semana o jornal francês L'Equipe afirmou que Massa poderá permanecer na Williams, já que ajudaria no desenvolvimento aerodinâmico do carro.


2016 pode também significar o fim de uma era. O outro brasileiro, Felipe Nasr penou com o fraco carro da Sauber e graças à ele a equipe escapou de um vexame de ficar sem dinheiro. O nono lugar no GP do Brasil pode não ter sido suficiente para ele seguir na categoria, mas com a aposentadoria de Nico pode ser que surja um lugar, mas as opções são poucas. A cobertura da imprensa ficou ainda mais reduzida com a saída da Rádio Globo/CBN e os veículos da mídia impressa diminuindo e muito o espaço regular da categoria nas páginas dos cadernos de esportes, caso da Folha e do Estadão que por exemplo no GP da Austrália deram colunas diminutas sobre a corrida em menos de 1/4 de página, na TV Globo a classificação aos sábados desapareceu e a emissora traz flashes e Galvão Bueno fez menos corridas dividindo o microfone com Luís Roberto, Cléber Machado e Sérgio Maurício do canal Sportv que mostrou todos os treinos e três corridas: o GP do Canadá em junho e os GPs dos Estados Unidos e México em outubro por conta do conflito de horário com o futebol na Globo.

E o grupo Liberty Media assumirá o controle da Fórmula 1 em breve. O acordo de US$ 8 bilhões vigora a partir de 2017.


Indy: Simon Pagenaud vence campeonato equilibrado

Na Fórmula Indy o francês Simon Pagenaud foi o campeão em mais um ano equilibrado de domínio dos carros de Roger Penske. Dos quatro pilotos da equipe só Hélio Castroneves não venceu corridas e terminou o campeonato em terceiro lugar. No próximo ano a equipe manterá três dos quatro pilotos, pois Juan Pablo Montoya que apesar de vencer a corrida de abertura perdeu a vaga pro rápido Josef Newgarden, que deixa de ser promessa para ganhar uma chance de pilotar num time grande. A Penske teve o melhor pacote técnico da temporada com os motores Chevolet sendo superiores aos Honda, sendo o melhor deles Graham Rahal que venceu uma corrida. Pagenaud venceu cinco corridas pra superar o australiano Will Power.


Pelo segundo ano seguido não tivemos vitórias brasileiras na categoria, mesmo estando nos melhores times da categoria o país atravessa o maior jejum de triunfos desde a reunificação em 2008. Tony Kanaan terminou o campeonato na sétima colocação. Enquanto a 100ª edição das 500 milhas de Indianápolis foi vencida por uma zebra. O americano Alexander Rossi foi o grande vencedor da prova e terminou a temporada como novato do ano.


NASCAR: Jimmie Johnson vira lenda

A NASCAR proporcionou mais uma vez um ano de intensas disputas dentro e fora das pistas e no fim premiou pela sétima vez na história o californiano Jimmie Johnson. JJ não teve uma temporada de destaque, apesar de ter vencido duas corridas na temporada regular, mas no Chase obteve vitórias arrebatadoras, uma delas na pista de Martinsville onde já venceu nove vezes e na prova final em Homestead saiu de último e numa relargada decisiva arrancou pra vitória e o título se igualando à duas lendas do automobilismo americano: Dale Earnhardt e Richard Petty. Na temporada regular os carros da Joe Gibbs deram as cartas, mas no fim acabaram sem o título. Denny Hamlin começou o ano vencendo as 500 milhas de Daytona, mas ficou de fora da briga na etapa de Phoenix, Carl Edwards e Kyle Busch chegaram á decisão, mas não ficaram com o título. Dale Earnhardt Jr foi afastado das corridas devido à uma concussão cerebral e deve voltar no ano que vem. A categoria mudará no próximo ano de patrocinador master saindo a Sprint e entrando o energético Monster.


Na Truck Series o título foi de Johnny Sauter e na Xfinity Series o mexicano Daniel Suarez se tornou o primeiro estrangeiro a vencer uma divisão da categoria. Para quem acompanha as transmissões pelos canais Fox Sports a má notícia foi a saída do narrador Sérgio Lago que deixou o canal na semana da corrida decisiva em Miami por motivos alheios. Lago narrava as provas desde 2006 no extinto SPEED formando dupla com Roberto Figueroa, depois com Thiago Alves e Rodrigo Mattar nos canais Fox Sports.


F: E: Buemi é campeão e sobra na categoria

Na segunda temporada da história a Fórmula E foi vencida pelo suíço Sebastién Buemi. Ele superou o brasileiro Lucas di Grassi na última corrida em Londres. Ambos bateram na primeira volta e a chance de um top 10 acabou para ambos, daí a luta passou a ser contra o relógio e o suíço com a precisão que o país tem fama na fabricação de relógios fez a volta mais rápida e ficou com o título. Nelsinho Piquet (China) fez uma temporada ruim depois de ser o primeiro campeão da categoria somando apenas 7 pontos e Bruno Senna foi o 11º colocado pela Mahindra. Na atual temporada Buemi venceu as duas primeiras corridas e lidera com folga. O campeonato terminará em julho do ano que vem.


Truck: Felipe Giaffone é tetra e categoria vive incerteza

Os Felipes dominaram as duas categorias nacionais no ano. Na Fórmula Truck o título foi de Felipe Giaffone que venceu pela quarta vez o campeonato. Pilotando um caminhão da Volkswagen o piloto paulista venceu quatro provas no ano e se igualou em número de vitórias com Wellington Cirino. O vice campeão foi Paulo Salustiano e Diogo Pachenki fez sua melhor temporada na carreira e terminou o campeonato em terceiro lugar.

Fora das pistas a categoria enfrenta sérios problemas financeiros devido à saida de patrocinadores e calotes entre os organizadores com empresas segundo reportagem do site Grande Prêmio. Os caminhões chegaram a ser penhorados para quitar dívidas que chegam à 1 milhão de reais.


Stock Car: Felipe Fraga vence duelo de gerações e é o mais jovem campeão da história

Aos 21 anos o paulista Felipe Fraga fez história se tornando o mais jovem campeão da Stock Car, a categoria de turismo mais popular do país. O título foi disputado com o veterano Rubens Barrichello num duelo de gerações. Fraga assumiu a liderança do campeonato a partir da quarta etapa em Santa Cruz do Sul e a partir daí disputou o título com Barrichello. Em Curvelo na estreia do Circuito dos Cristais o veterano Barrichello vinha pra vencer, mas a gasolina acabou faltando 100 metros para a bandeirada. Melhor pra Fraga que em Interlagos fez uma corrida de cabeça e chegou na 10ª posição. Barrichello chegou em segundo e ficou com o vice. O ano teve também o anúncio do fim da equipe Red Bull dos pilotos Cacá Bueno e Daniel Serra e a saída de Maurício Slaviero da Vicar, entidade que controla a categoria além de uma investigação sobre a conduta dos comissãrios durante a corrida de Ribeirão Preto no ano passado e que deu em suspensão.


Moto GP: Marc Marquez é tri 

Depois de um 2015 ruim cometendo erros em excesso Marc Marquez colocou os nervos no lugar e em 2016 fez uma temporada impecável conquistando o terceiro título mundial em quatro anos. Com apenas 23 anos o garoto prodígio das duas rodas alcançou este ano o recorde de precocidade ao ser o mais jovem tricampeão da Moto GP. O vice campeão foi o italiano Valentino Rossi com Jorge Lorenzo em terceiro na sua despedida da Yamaha.


A nota triste da temporada foi a morte do piloto Luís Salom em treinos da Moto 2 no circuito da Catalunha. Ele perdeu o controle da moto na curva e bateu forte na barreira de pneus com sua moto em cima.

O automobilismo agoniza, mas não morre

O automobilismo nacional agoniza, mas à duras penas sobrevive. A CBA, entidade que controla o esporte não faz investimentos e o resultado disso tudo pode ser a ausência de pilotos brasileiros na principal categoria do automobilismo, a Fórmula 1. O ano ainda teve o drama de Emerson Fittipaldi que admitiu estar em falência. E nossos autódromos seguem sendo sucateados. Curitiba escapou este ano de virar passado, pois os investidores desistiram de transformar o autódromo de Pinhais num empreendimento imobiliário.

O autódromo de Brasília não se sabe quando terá sua reforma retomada depois da paralisação da reforma para receber uma etapa da Fórmula Indy que não foi realizada devido ao acordo que traria prejuízos aos cofres públicos sendo suspensa pelo MP, mas o GDF retomou a licitação para a retomada da obra. No momento temos poucos autódromos em boas condições como o de Goiânia, o Velopark e o novo circuito dos Cristais de Curvelo sem contar Interlagos que manteve a corrida de Fórmula 1. Para os amantes da velocidade 2016 termina em bandeira preta correndo sério risco de desclassificação.

A retrospectiva prossegue amanhã com o ano esportivo.

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